Comecei o blog para declarar o amor por Itaipava, pois uma transformação compulsória em minha vida evidenciava afetos e saudades inimaginados.
Posso postar o lado bom de estar entre amigos ou o ritmo mais lento do lugar, quando comparado a metrópoles, mas estas explicações racionais não esgotam o prazer e a beleza de estar aqui.
A alguns pode parecer tolo tantas imagens de uma natureza... 'a temos em qualquer lugar'... mas não é bem assim: vivemos a partir de nosso lugar e mesmo que eu saiba belezas infinitas na China ou no Alasca , delas me aproximo através daquelas que vejo e sinto. A água do regato é a mesma de todos os cantos do mundo e o próprio regato é apenas mais um entre os trilhões que devem existir, mas foi daquele fotografado que ouvi o som, senti a umidade e refrescou meu passeio... é ele que invade de beleza mais um dos meus dias... e certamente também por ele continuo a ver e a querer Itaipava.
Fico com a LIÇÃO de Carlos Drummond de Andrade:
'Tarde, a vida me ensina
esta lição discreta:
a ode cristalina
é a que se faz sem poeta."
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