... sinto um odor de madeira, tinta, louça, cotidiano, vida.
Saudades de casa. Uma casa imaginária que apenas nossos sentidos encontram, sem razão e sem palavras, mistura de todas as casas vividas.
Abro o armário e vejo.
Xícaras azuis e brancas de Monte Sião, referência lusa assentada nas Minas Gerais, que une herança imediata à imemoriais. Descanso os olhos sobre pratos brancos escolhidos quando sonhava ter minha casa ao mesmo tempo que observo o próprio armário, desenhado por mim e que tanta confusão causou na fixação. Vejo objetos 'vendo' momentos vividos. Profusão de formas, sons e cheiros, presente e passado juntos.
Saudades de casa
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