sábado, 31 de outubro de 2009
Outras serras: pessoas: Seu Chico
Uma das indicações de Paulo, da Brisa da Serra, foi o "Chico Doceiro", que faz um doce mais doce do que o "Bolota" -outra iguaria da qual falo outro dia. Pois bem, em uma entradinha de garagem, simples, lá estava o balcão com doces de leite (em pasta vem num canudinho e em barrinhas, feitas no tabuleiro), cocadas, beijinhos e outros mais. Só havia outro casal - da terra - na loja e pudemos conversar com Seu Chico. Ele trabalhava na lavoura em Minas, foi para São Paulo e trabalhou em loja vestindo terno, mas não gostou -"gente apressada e nervosa". Voltou e passou a fazer doces. Perguntei com quem aprendeu - "sozinho". Hoje trabalha com o filho, mas com 70 e tantos anos segue saudável e forte para mexer o tacho - deu muitas dicas sobre o ponto dos doces -, exibindo o vigor que certos momentos exigem, sem poder parar de mexer... Um DOCE de pessoa!


sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Outras serras: pessoas: Lili
A Oficina de Agosto é um dos ateliês mais reconhecidos da área. Toti, antiquário paulista, resolveu fixar-se temporariamente em Bichinho, mas nunca mais foi embora, realizando ali uma transformação na sensibilidade artística dos artesãos e desenvolvendo um premiado projeto social. Lili esteve com Toti na Oficina desde o início e na sua timidez falante foi nos apresentando as obras, mas acabamos conversando muito mais. Falamos de suas viagens ao Rio e a São Paulo e seus comentários já diziam de sua sensibilidade, mas, foi quando, sentada na varanda, ela recordou eventos da Oficina, como as comemorações natalinas do grupo, que as emoções afloraram, deixando ver a pessoa bonita que é. Lili: adoramos conhecê-la e aviso aqui que o quadro chegou como você disse!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Outras serras: pessoas: Waguinho
Não tirei foto (devia...), mas o simpático e prestativo Paulo, funcionário da Brisa da Serra, esteve sempre disposto a dar as dicas esperadas pelos hóspedes. Em uma boa conversa para o passeio a Bichinho e com dicas das especialidades das cidades próximas (móveis, cachaça, tear..), Paulo nos falou de Waguinho, pois soube que queríamos comprar arandelas com um jeito marroquino.
Voltamos ao Cascalho e encontramos uma casa linda, com peças maravilhosas e uma pessoa que trabalha com a coisa certa pois é iluminada! Waguinho é simples e sensível e no pouco tempo que ficamos, nos acolheu numa conversa gostosa de quem se conhece há tempos. Falamos do pai artesão que o iniciou no ofício, do nosso gosto comum por um certo portão de ferro de uma casa em Tiradentes e até de como se faz o efeito de pátina do teto de sua loja: tudo com sorriso e delicadeza, mesmo sabendo que não íamos comprar nada. A sintonia foi total ao ponto dele me ensinar um ditado novo. Disse ele que em Minas diz-se que "um tatu cheira o outro", ou seja, que pessoas do bem se encontram e se escolhem. Adorei e adotei! É isso mesmo Waguinho, "um tatu cheira o outro". Waguinho é tão do bem que indicou Mauro Trindade, um outro artesão, para o que queríamos, já que o tipo de arandela que desejávamos ele não fabricava. Eu amei a loja e seu dono. Certamente de próxima vez terei de voltar e prestigiar seu trabalho, levando pra casa um 'tatu'.


Outras serras: Confidências Mineiras
Quando chegamos, encantei-me com a plaquinha no perto do Largo das Forras. Olhei pela janela e adorei as mesinhas e o ambiente. Pensei: volto aqui. E voltei, na noite de sábado. Ambiente tranquilo e aconchegante, atendentes simpáticos, serviço rápido e os petiscos estavam deliciosos (adoramos as sugestões do cardápio, mas não pedimos pratos substanciosos porque ainda estávamos satisfeitos com o almoço do meio da tarde...). E uma singularidade, no Confidências Mineiras, além de encontrar o verdadeiro 'pé de cana', sentei ao lado de um grupo de gajos e gajas que achavam tudo muito 'giro'. No Brasil, a América continuava sendo portuguesa...
:)
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Outras serras: Tragaluz
A última vez que estivemos em Tiradentes foi há mais ou menos 5 anos atrás (talvez 6) e ao passearmos à noite vimos o restaurante Tragaluz. Do lado de fora, ficamos encantados com seu mobiliário e iluminação, mas exigia reserva e estava num clima de requinte que fugia ao nosso espírito. Dessa vez, quisemos conhecer o lugar. Reservamos e aproveitamos, mas não como outros restaurantes. A comida esteva excelente: do antipasto da casa ao steak au poivre, passando pelo nhoque com carne, mas... a formalidade do serviço não atende à expectativa do refinamento: a cordialidade é fria e um tanto arrogante, onde os equívocos do serviço são reputados ao cliente. Queria conhecer, conheci, mas não sei se tenho vontade de voltar, apesar de ser lindo o lugar. Para mim a refeição se realiza através de vários sentidos além do paladar e deve atingir a alma. No Tragaluz minha alma não se iluminou.
Outras serras: Estalagem do Sabor
Desde que chegamos queríamos experimentar, mas só abriu no fim-de-semana. Restaurante de comida mineira com referência no Guia 4 Rodas desde 1991 (vi as placas adornando a parede), o Estalagem do Sabor cumpriu o que prometeu. Está na rua mais movimentada de lojas, mas seu recuo com jardim na frente gera paz. O dia estava MUITO quente, mas as portas abertas na entrada e aos fundos e o pé direito alto garantiram uma permanente brisa fresca. Fomos recebidos por um garçon simpático com uma risadinha diferenciada e inesquecível (só ouvindo para saber), que logo trouxe as bebidas e a entrada. O prato não demorou muito e estava muito bem temperado... eu escrevo e sinto saudade... quase só deixamos a couve de que enfeita a travessa de servir.... Valeu!

Petisco? Uma boa linguiça mineira! Prato principal? 'Mané sem jaleco': uma mistura deliciosa que conseguiu satisfazer a fome de dois que estavam famintos, almoçando às 15h....



terça-feira, 27 de outubro de 2009
Outras serras: Spaghetti
O Spaghetti possui um ambiente acolhedor, ideal para conversas à dois ou entre amigos. As caprichosas mesas possuem conjuntos de louça diferenciados e dão um toque especial ao que poderia ser comum.
Raro momento: um copo de vinho.
Deliciosa surpresa: do formato ao sabor, a bruscheta estava inigualável.
Pasta recheada de vitela, ao burro: levíssima e perfeita.
Sobremesa: o meu foi sorvete (leite condensado e coco) em taça de doce de laranja da terra. Estava uma combinação DIVINA! Foi uma noite ótima.
Outras serras: lojinhas e detalhes
Uma plaquinha atrás da outra e atrás dela ainda outra... Tiradentes é assim: sempre mais uma loja, um ateliê, um recanto de arte e charme.
Santo Ofício não é a Santa Inquisição, mas um restaurante conceituado que não tive a oportunidade de conhecer. Algo deve sempre ficar para uma próxima vez...
Não o fiz, mas não dá vontade de sentar, pedir um refresco, um antipasto e olhar a vida passar?
Fiquei com vontade de ver os livros, mas esteve sempre fechada...
Casa, janela, flores e arandelas. E dentro um lindo lustre para iluminar peças de roupas e acessórios cheios de bossa...
E olhem que delícia seu nome:
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